Av. Afonso Pena, em frente à Igreja de São José, em 1947.
A HISTÓRIA SE REPETE
De vez em quando, nestas crônicas, cito meu avô Pedro Jorge Brandão Júnior, figura importante na minha vida, visto que morei com ele durante curto período quando papai, mamãe e Lúcia foram morar em Ribeirão Preto , em 1963. Durante seis meses habitamos juntos a casa dele na Rua Piauí, 1972, bairro Cruzeiro, em Belo Horizonte.
Morávamos, ele, 65, meu tio Heraldo, uns 32 e eu, 21. Quase três gerações num ambiente confortável e feliz.
O Heraldo, curiosamente, criava pombos e bichos da seda. Desenhista de traço perfeito cuidava dos bichinhos e cumpria seu expediente de examinador aos aspirantes à Carteira Nacional de Habilitação no Departamento Estadual do Trânsito. Sobre o Heraldo, ainda, quero falar muito mais, porém, nesta crônica, vou comentar sobre uma tremenda coincidência com a minha vida de hoje e a do meu querido avô.
Num instante, tornei-me revisor dos textos da AUDI, auditoria da EPAMIG, onde trabalho. Pela sensibilidade do chefe Márcio Matos, que, atento observador, descobriu um colega, escritor iniciante, que poderia ajudar na padronização dos escritos daquele departamento. Atualmente, a maioria das grandes empresas vêm mantendo em seus quadros um profissional dessa especialidade para oferecer aos leitores de seus documentos uma leitura mais fluida e agradável de documentos muitas vezes pesados e, porque não dizer, de leitura difícil pelo conteúdo indispensável de seus textos.
Coincidentemente, na década de 1930, meu avô Pedrinho, foi o primeiro revisor da Imprensa Oficial de Minas Gerais, emprego que atendia das oito da noite às quatro da madrugada, conferindo os textos do Diário Oficial, leitura enfadonha e cansativa de leis, decretos, portarias e circulares emitidas pelo Governo.
Tudo para compor uma renda suficiente para manter e alimentar uma prole de oito filhos, numa jornada que começava às sete da manhã nos Correios, como eles falavam.
São as voltas que a vida dá. Aliás, tenho feito revisões ao longo de toda minha vida, como diretor da Randrade e da Promar, agências de propaganda, onde não só criava os textos como também os copidescava para não passar nenhuma falha.
Digo isto porque, nesta nova função, muito me orgulho do trabalho a ser feito com prazer e desenvoltura, num ambiente francamente agradável com meus amigos da AUDI.
Muito obrigado, Márcio. Vamos em frente!
BH, outubro de 2011.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
"Mal por mal, é melhor ter o de Alzheimer que o de Parkinson, pois é melhor
esquecer de pagar a cerveja do que derramar tudo no chão."
Anônimo