sábado, 1 de novembro de 2014

O BRASIL DO FUTURO
Política, este não é o meu assunto preferido, até porque a única vez em que me candidatei a alguma coisa foi à vice-presidência do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito Laudo de Camargo, em Ribeirão Preto e, incrivelmente, fui eleito.
Hoje, acredito firmemente que estas eleições de 2014 marcaram a melhor fase da história republicana do país. Dois candidatos fortes, com ideias e projetos bem distintos, mas com objetivo único: melhorar o país. Assim, todos nós ganhamos. Não foi o partido do governo que ganhou, foi o país, foram os brasileiros. Ganhou a democracia.
Na dura contenda, foi montado um esquema partidário que dividiu o país em situação e oposição, apesar dos vinte e tantos partidos registrados, mas sem qualquer força unilateral, visto que os pequenos se juntaram às claras propostas dos partidos em final de disputa e concederam para nós uma única forma de atuação bipartidária em prol de um país melhor e mais justo.
Espero agora ver consolidada a grande democracia sul-americana de hoje, pois acredito que só no Brasil poderia acontecer isto. Nossos vizinhos - de sul a norte, leste a oeste - nunca tiveram a oportunidade de se digladiar em torno de uma ideia, um projeto, com tanta clareza e objetividade. E as armas - com as exceções conhecidas -, estavam distribuídas quase com igualdade, daí um resultado tão expressivo para ambas as partes. A essência da democracia, sem nenhuma pretensão didática, é a divisão de poderes, que é a sua mola mestra. O confronto de ideias, conceitos e dogmas levam sempre aos melhores resultados.
A oposição, no Brasil, nos últimos doze anos, sempre se manteve tímida e inexpressiva porque os resultados eleitorais assim determinavam. Nesse período, quem ganhou por aqui exerceu uma força política dominante, sem oposição. Já agora, nessas eleições de 2014 não, venceu o lado que se fortificou baseado em favores e gorjetas miseráveis, regionalizadas e discriminatórias, contra um programa de mudanças apresentado com clareza, competência e ideias modernas objetivando a afirmação de um país grande, genérico, total. Este é o grande tema de hoje: o Brasil, como as grandes civilizações modernas, dividido em dois partidos com ideias diferentes, muitas vezes antagônicas - como é a essência da democracia -, mas com amplos poderes de ambos os lados para discutirem e impor o melhor resultado.
Creio que chegou a hora e a vez do Brasil. Cada um com sua cor, os dois antagonistas vão nos proporcionar um país melhor, pois cada um vai buscar o melhor para atender aos seus correligionários e todos nós ganharemos com isto. Os dois são fortes, são expressivos e são opostos. É disto que o país precisava: duas forças equiparadas em poder para lutar por um Brasil livre e soberano.
Belo Horizonte, 29 de outubro de 2014.

FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
A diferença entre um estadista e um demagogo é que este decide pensando nas próximas eleições, enquanto aquele decide pensando nas próximas gerações. Winston Churchill 



                                         Sir Winston Churchill

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