OS CINEMAS DE SÃO
PAULO: MEMÓRIA REVISITADA
Quando eu,
infeliz, recordava aqui na semana passada a tragédia ocorrida com o Cine Marrocos em São Paulo, recebi o
telefonema de um amigo/irmão daquela gloriosa época e fomos catando na memória
os momentos felizes de nossa temporada juntos, especialmente naqueles tempos de
surgimento de vários cinemas na cidade, como o Cine Rio, na Rua da Consolação, quando na sua inauguração até arranjamos
namorada. Fiquei com a Cecilinha, que morava no prédio em cima do cinema e era
a cara da Brigite Bardot, e ele, com a Lúcia, que morava em frente.
Já o Majestic, na Augusta, novinho, também virou
um dos cinemas do momento. As cadeiras eram confortáveis e modernas e tinham um
movimento de acomodação como as do Marrocos.
O Cine Regência surgiu bem lá no final da
Rua Augusta e lembramo-nos ainda do Cine
Ritz, na esquina de Consolação com a Av. Paulista, mas este era velho e mal
frequentado.
Todos nós da
turma da Arruda Alvim tínhamos menos de 14 anos e fazíamos mágicas para
assistir aos “inocentes” filmes proibidos para menores.
Durante o
telefonema, voltou-nos à lembrança também a carona num caminhão de bananas que
nos pegou em Itanhaém e nos levou até o bairro do Brás, em São Paulo, onde o meu
amigo/irmão entrou numa padaria para conseguir algum dinheiro a fim de pegarmos
os bondes até Pinheiros, onde morávamos. O dono da padaria deu a ele um sonho
que dividiu comigo até chegarmos a casa a pé, esgotados! E, divertidamente, veio a recordação do dia em que saímos
do Clube Pinheiros e fomos para casa também a pé, é claro, até a Rua Teodoro Sampaio a quilômetros de
lá, com alguns comprimidos de Pervitin na cabeça, que dias antes
havíamos comprado para alguma emergência, numa farmácia no Largo do Arouche.
Esse amigo/irmão é
o arquiteto Luiz Armando Filinto da Silva, o “Mando”, testemunha ocular dessas
e de todas as peripécias que aprontamos em São Paulo. God bless you my friend.
E muito obrigado
pelo seu telefonema.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
“Mulheres são
como saquinhos de chá. Você nunca sabe o quanto elas são fortes até colocá-las
na água quente.” Eleanor Roosevelt