domingo, 21 de agosto de 2016

Fachada majestosa do Cibe Marrocos, na inauguração (Foto Google)
OS CINEMAS DE SÃO PAULO: MEMÓRIA REVISITADA
Quando eu, infeliz, recordava aqui na semana passada a tragédia ocorrida com o Cine Marrocos em São Paulo, recebi o telefonema de um amigo/irmão daquela gloriosa época e fomos catando na memória os momentos felizes de nossa temporada juntos, especialmente naqueles tempos de surgimento de vários cinemas na cidade, como o Cine Rio, na Rua da Consolação, quando na sua inauguração até arranjamos namorada. Fiquei com a Cecilinha, que morava no prédio em cima do cinema e era a cara da Brigite Bardot, e ele, com a Lúcia, que morava em frente.
Já o Majestic, na Augusta, novinho, também virou um dos cinemas do momento. As cadeiras eram confortáveis e modernas e tinham um movimento de acomodação como as do Marrocos.
O Cine Regência surgiu bem lá no final da Rua Augusta e lembramo-nos ainda do Cine Ritz, na esquina de Consolação com a Av. Paulista, mas este era velho e mal frequentado.
Todos nós da turma da Arruda Alvim tínhamos menos de 14 anos e fazíamos mágicas para assistir aos “inocentes” filmes proibidos para menores.
Durante o telefonema, voltou-nos à lembrança também a carona num caminhão de bananas que nos pegou em Itanhaém e nos levou até o bairro do Brás, em São Paulo, onde o meu amigo/irmão entrou numa padaria para conseguir algum dinheiro a fim de pegarmos os bondes até Pinheiros, onde morávamos. O dono da padaria deu a ele um sonho que dividiu comigo até chegarmos a casa a pé, esgotados! E, divertidamente, veio a recordação do dia em que saímos do Clube Pinheiros e fomos para casa também a pé, é claro, até  a Rua Teodoro Sampaio a quilômetros de lá,  com alguns comprimidos de Pervitin na cabeça, que dias antes havíamos comprado para alguma emergência, numa farmácia no Largo do Arouche.
Esse amigo/irmão é o arquiteto Luiz Armando Filinto da Silva, o “Mando”, testemunha ocular dessas e de todas as peripécias que aprontamos em São Paulo. God bless you my friend.
E muito obrigado pelo seu telefonema.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS

“Mulheres são como saquinhos de chá. Você nunca sabe o quanto elas são fortes até colocá-las na água quente.” Eleanor Roosevelt