sábado, 10 de maio de 2014

NAS ILHAS GREGAS
Numa ensolarada manhã de abril, agradável temperatura em torno de 15 graus, céu azul limpíssimo, no Pireu, porto de Atenas, resolvemos embarcar para conhecer algumas das ilhas gregas. A primeira delas, Hidra, com uma profusão de pés de pistaches, escalamos alguns montes e vislumbramos o Mar Mediterrâneo, característico pela tonalidade azul turquesa de suas águas e palco de grandes batalhas navais durante a Idade Média entre turcos e otomanos, que deixaram registradas suas passagens com muita luta no desejo de  ampliar seus territórios e disseminar suas raças.  Do alto, a visão se estendia até a costa do norte da África, onde se levantava uma poeira densa e marrom, no horizonte marinho, com certeza a poeira que cobre toda a extensão do deserto de Saara.  Um belíssimo panorama!
Voltamos ao barco e rumamos para Porus,  aonde passeamos à beira-mar nas ruelas cheias de casinhas brancas com o povo na rua, sentado nas calçadas, proseando e rezando sem parar terços enormes cujas contas corriam pelas mãos grossas e calejadas dos marujos e das senhoras que teciam suas próprias vestes em teares manuais e rústicos. Outra civilização onde não conseguíamos entender qualquer palavra do que diziam, muito menos os escritos nas poucas placas informativas.
Uma rápida parada e navegamos para Aegina, a maior das ilhas, com um comércio a céu aberto onde havia de tudo, desde peixes frescos até peças em cerâmica e rico acervo de tapetes coloridos, os kilins gregos. Nesta parada mais longa, almoçamos dois pratos típicos, a moussaká - uma espécie de lasanha feita com berinjela, carne moída e molho de tomate - e  o kleftikó - cordeiro assado com arroz à grega, lógico, tudo regado a um bom vinho branco produzido com as uvas assyrtico, cultivadas em solo vulcânico e de muito frescor.
Belo Horizonte, maio/2014.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
“La decisión del primer beso es la mas crucial en cualquier historia de amor, porque contiene dentro de si la rendición. “ Emil Ludwig