A ORIGEM DA
CAPITÃ
Assistindo a um
dos jogos da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, identifiquei a sua capitã,
Fabiana, com uma fisionomia que me lembrava alguém. Era grande a semelhança dela
com aquele senhor com quem convivemos por mais de 50 anos, na Fazenda Boa
Esperança, no município mineiro de Santa Luzia. Era uma super fazenda que havia
sido comprada pelo pai do meu sogro, nos idos de 1930, com o objetivo de
iniciar a criação de gado de raça.
Ao final da
década de 1960, depois de uma temporada morando em São Paulo, voltei a morar em
BH e logo iniciei o namoro com a Carminha. Um dos nossos
programas comuns era passar os fins de semana com a família naquela fazenda, que
nos abrigou em namoricos furtivos pelas matas de bambus, eucaliptos e mangueiras,
onde nos esgueirávamos para uns abraços e beijinhos. Naquelas escaramuças, éramos
sempre vigiados pelo capataz/gerente, Alberto Claudino, montado a cavalo ou a
pé, uniformizado com calça azul marinho, botas e um slack cinza de lonita com o nome da fazenda bordado no bolso. Era a
sua marca registrada.
Num programa
produzido pela GloboNews há alguns dias, confirmei minha desconfiança de que a capitã
da Seleção Brasileira de Vôlei, Fabiana
Claudino, é de fato neta do Alberto. E essa confirmação veio quando o pai dela,
Vital Claudino, foi apresentado como motorista de ônibus interestadual. Ele
também, a cara do Alberto. Então, lembrei-me de que uma vez fui buscar o papai na
Rodoviária de BH - ele chegando de Ribeirão Preto -, foi quando vi o nome no
crachá do motorista: Vital Claudino.Logo perguntei: Por acaso o senhor é de
Santa Luzia? Ele respondeu que sim, e emendei: E o senhor conhece o Alberto
Claudino? Ele é meu pai.
Com essas
lembranças confirmei a procedência da capitã da Seleção, o que muito nos orgulha
por ter conhecido o honrado avô, que tanto nos protegeu e ajudou em Santa
Luzia.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
A vida é um
emaranhado de acontecimentos entre as pessoas que, às vezes, dá certo. Roberto Brandão
O Caio comigo passeando na Fazenda