BELO HORIZONTE INTERNACIONAL
Em Monteagle, no Tenessee-EUA,
participei de um seminário sobre relacionamento internacional, onde pude viver
exatamente como os moradores do país/colônia da Inglaterra, naquela região
fortemente influenciada pelos imigrantes franceses.
Foi uma temporada ótima onde,
levando o violão pra todo lado, relembrei um cem número de country & folk songs, amparado por um coral de gringos
entusiasmados com as músicas lendárias das suas terras. O monitor do grupo, Jim
Christie, também violonista, fazia os solos nas cordas de aço da sua potente guitar.
Monteagle é uma hospedagem próxima
a Nashville, capital do estado, finamente restaurada e mantida nos padrões do
final do século XIX por uma população de pouco mais de trezentas pessoas que
cuidam da belíssima casa e da enorme área do seu entorno, com campos de
pastagem para cavalos da raça quarter
horse - em português: quarto de milha
-, e com diversas nascentes de água pura e cristalina. Um lugar
tranquilíssimo e reparador das energias para aqueles que vivem estressados com
a vida nas grandes cidades. Para nós, bolsistas do grupo Fellows II,
patrocinado pela Kellogg Foundation e
organizado pelos Partners of the Americas, um excelente cenário para a
prática da convivência internacional. Dos quarenta participantes, vinte eram
americanos de diferentes estados e nós, latino-americanos, estávamos representados por dois brasileiros
- o Hélio e eu -, dois jamaicanos, Del Roy e Wilbert, um paraguaio, Flaviano,
três mexicanos, Pilar, Fausto e Miguel, uma boliviana, Martha, um costariquenho, Bernal, dois
equatorianos, Eduardo e Gilda, uma salvadorenha, Helena Margarita, um de
Belize, Victor, uma das ilhas St. Vincent, Nelcia e dois da Colômbia, Luis
Carlos e Luis Alberto.
O projeto que apresentei para
concorrer como bolsista era composto de uma série de ações necessárias ao
lançamento de Belo Horizonte como local ideal para a realização de congressos e
feiras. Primeiro, devido a sua ótima localização no centro do eixo Rio/São
Paulo/Brasília; depois, devido ao clima temperado em grande parte do ano, e
ainda a facilidade de hospedagem com bom volume numa rede hoteleira central e
bem próxima do pioneiro Minascentro, o seu centro de convenções.
Esse projeto fazia parte das ações
por mim desenvolvidas para a PROMINAS, que administrava o Minascentro e onde eu
trabalhava.
Levei comigo um impresso trilíngue
- português/inglês/espanhol, para distribuição e promovi uma palestra com o
título “Belo Horizonte Internacional”. Tenho certeza de que aquela foi a
primeira e ainda tímida manifestação com esse propósito, lançada por nós em
1986, mas que evoluiu e colocou a cidade posição muito bem cotada no mercado
internacional, pois o Minascentro mantém até hoje um calendário de ocupação
permanente, fechado para os próximos anos.
Belo Horizonte, novembro/2014.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
A poesia é o mel da palavra. Manoel de Barros