Numa praia deserta,
em Puerto Plata, na República Dominicana, fui apresentado à maior castanheira
que jamais vi, conhecida pelo apelido de el
almendrón. A propósito, as almendras
- em espanhol -, bastante frondosas e capazes de proporcionar uma sombra
acolhedora, são muito comuns nas ruas de Belo Horizonte e nas praias pelo
Brasil afora.
Pois bem, ali,
debaixo daquela árvore enorme, junto com a minha colega Gilda, uma equatoriana
de Guayaquil, fiquei imaginando sobre os países escolhidos para os próximos seminários
a que iríamos comparecer. Naquela ilha caribenha, estávamos iniciando uma
comunhão fraterna entre 20 profissionais latino-americanos e 20
norte-americanos, patrocinados pela Fundação Kellogg, para um programa de
capacitação que objetivava a formação de líderes regionais a serviço dos
Partners of the Americas.
Assim, nos três
anos seguintes, tivemos a oportunidade de viver uma das melhores e mais
importantes experiências de vida oferecidas a um pequeno grupo de profissionais
liberais que, a cada seis meses, se reuniam para um encontro de dez dias num
país qualquer da América Latina ou num estado americano ou brasileiro.
de minhas memórias
e como um legado para os meus filhos e
netos, bem como para os leitores eventuais das minhas crônicas. Cada
etapa, tenho certeza, foi uma nova lição de vida num país de língua e cultura
diferentes ou num estado americano ou brasileiro, também diversos em hábitos
e costumes
de seus pares.
Comentando com um
casal de amigos sobre essas super oportunidades que surgem em nossas vidas,
contaram-me que o filho, Saulo, engenheiro cursando uma faculdade em Budapeste,
na Hungria, é um dos 88.000 bolsistas do “Programa Ciências Sem Fronteiras”, e
tem aproveitado para conhecer toda a Europa, a Rússia, a Turquia e adjacências,
enquanto bolsista. Lembrei-me de que conosco, do Fellows II, não foi diferente.
No caminho para o Equador, conheci
Bolívia e Peru; no caminho para Jamaica,
conheci Venezuela, México, Panamá e Honduras; no caminho para Trinidad&Tobago, conheci Colômbia e
Porto Rico; no caminho para a República
Dominicana, conheci o Haiti. Aqui no Brasil, no caminho para Fortaleza, conheci João Pessoa e Natal;
no caminho para Brasília, conheci
Goiânia, e nos Estados Unidos, no caminho para Washington, conheci Hartford, no Connecticut e Boston, em
Massachusets. Ainda, no caminho para Nashville,
no Tenessee, conheci Little Rock, no Arkansas, e New Orleans, no Alabama.
Assim, é só saber como aproveitar ao máximo a oportunidade no caso da bolsa
formidável do “Ciências”, promovida pelo Governo Federal. Haja fôlego!
No grifo as sedes
dos seminários do Kellogg Fellows II. God bless.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
O que é o céu senão um suborno
e o que é o inferno senão uma ameaça?
Jorge Luis Borges