REVEILLON EM CABO FRIO
Num
certo final de ano, resolvemos passar uns dias na casa de um amigo, no Canal,
em Cabo Frio. Convidamos nossas mulheres e partimos numa novíssima Chevrolet
C14, que o Marcinho havia tomado emprestada na Motorauto. Ao longo do caminho,
revezamos a choferagem e lá chegamos descansados e felizes para uma ótima
temporada de verão na ensolarada cidade.
De cara, o Titão convidou-nos a ir ao Iacht Clube para desancorar a lancha do nosso anfitrião, uma possante puxadora de dois esquis aquáticos, e levá-la para um pequeno pier no quintal da casa. Assim foi feito.
Nas manhãs, embarcávamos e ancorávamos numa praia próxima - do Peró, das Conchas ou mesmo na do Forte, onde ficávamos enrolando na areia ou passeando de lancha pela baía. Os mais treinados, Marcinho e Titão, arriscavam um passeio no esqui aquático e eu, mais cauteloso, ficava só na pilotagem da super lancha.
Havíamos combinado que cada um levaria uma bebida e o Marcinho ficou encarregado de levar os champanhes que ele havia estocado na adega da mansão na Pampulha e que ofereceria com muito prazer para a nossa ceia.
Reservamos no melhor restaurante da cidade e encomendamos os pratos: casquinhas de siri como entrada, uma suculenta peixada de robalo com arroz branco e, na sobremesa cassatas italianas de nozes. Uma delícia!
Pois bem, começamos a animada noite com umas cervejas para limpar a garganta e, quando serviram a ceia, o Marcinho falou: Agora é comigo, gente! Chamou o maitre e pediu que trouxesse os champanhes em baldes de prata: Por favor, com muito gelo, pois vamos fazer um brinde.
Nas mesas ao lado, a galera animada estourava seus espumantes e o maitre, circunspecto, colocou dois baldes na nossa mesa, com duas garrafas de Veuve Clicquot em cada balde. Marcinho, alegre, dispensou o maitre e habilitou-se a abrir o precioso néctar. Com toda a pompa e circunstância tirou o arame da rolha e começou a pressioná-la para estourar. E nós na maior expectativa, as meninas tampando os ouvidos e ....zás, a rolha cai chocha sobre a mesa. Não é possível! - disse ele - Vou pegar outra. E assim, sucessivamente, com as outras três garrafas, que também não estouraram. E completou: Vocês me desculpem, mas guardei tão bem e durante tanto tempo que os champanhes devem ter vencido. Sinto muito.
Lógico que não nos importamos, pois tudo era farra. Depois de bem chacoalhado, estouramos um Moscatel nacional mesmo só pra fazer barulho.
Et vive le champagne!
De cara, o Titão convidou-nos a ir ao Iacht Clube para desancorar a lancha do nosso anfitrião, uma possante puxadora de dois esquis aquáticos, e levá-la para um pequeno pier no quintal da casa. Assim foi feito.
Nas manhãs, embarcávamos e ancorávamos numa praia próxima - do Peró, das Conchas ou mesmo na do Forte, onde ficávamos enrolando na areia ou passeando de lancha pela baía. Os mais treinados, Marcinho e Titão, arriscavam um passeio no esqui aquático e eu, mais cauteloso, ficava só na pilotagem da super lancha.
Havíamos combinado que cada um levaria uma bebida e o Marcinho ficou encarregado de levar os champanhes que ele havia estocado na adega da mansão na Pampulha e que ofereceria com muito prazer para a nossa ceia.
Reservamos no melhor restaurante da cidade e encomendamos os pratos: casquinhas de siri como entrada, uma suculenta peixada de robalo com arroz branco e, na sobremesa cassatas italianas de nozes. Uma delícia!
Pois bem, começamos a animada noite com umas cervejas para limpar a garganta e, quando serviram a ceia, o Marcinho falou: Agora é comigo, gente! Chamou o maitre e pediu que trouxesse os champanhes em baldes de prata: Por favor, com muito gelo, pois vamos fazer um brinde.
Nas mesas ao lado, a galera animada estourava seus espumantes e o maitre, circunspecto, colocou dois baldes na nossa mesa, com duas garrafas de Veuve Clicquot em cada balde. Marcinho, alegre, dispensou o maitre e habilitou-se a abrir o precioso néctar. Com toda a pompa e circunstância tirou o arame da rolha e começou a pressioná-la para estourar. E nós na maior expectativa, as meninas tampando os ouvidos e ....zás, a rolha cai chocha sobre a mesa. Não é possível! - disse ele - Vou pegar outra. E assim, sucessivamente, com as outras três garrafas, que também não estouraram. E completou: Vocês me desculpem, mas guardei tão bem e durante tanto tempo que os champanhes devem ter vencido. Sinto muito.
Lógico que não nos importamos, pois tudo era farra. Depois de bem chacoalhado, estouramos um Moscatel nacional mesmo só pra fazer barulho.
Et vive le champagne!
Esta crônica é uma homenagem ao meu amigo Marcinho, hoje residente
em Miami, com sua empresa de paisagismo,
a Giardino. God bless!
Belo Horizonte, maio/2014.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
A partir de 1958 o Brasil passou a ser chamado de "o país de
chuteiras". E nesta Copa, com certeza, será chamado de "as chuteiras
sem país." Arnaldo Jabor em sua crônica na Rádio CBN.
