terça-feira, 15 de setembro de 2015

                                     Foto Google
AS FANFARRAS
Hoje cedo fui buscar meus remédios (pressão, ansiolíticos, etc.) na “Farmácia Popular” da Araújo, na Av. Brasil, e topei com uma fanfarra ensaiando. Era regida por um oficial da Polícia Militar e os meninos e meninas, com um uniforme que parecia de escola pública.
Viajei no tempo e fui à década de 1950, quando desfilava em São Paulo na fanfarra do Ginásio Castro Alves, pelas ruas do bairro de Pinheiros, onde morávamos.  Que lembrança adorável!
Nosso uniforme era de calças azul marinho e um moletom branco, tendo bordado Castro Alves, em azul, no peito. Lá, a garoa nos castigava no inverno e esses ensaios começavam nas férias de julho, indo culminar no desfile de sete de setembro, na semana da independência.
Nossa marcha subia pela Rua Teodoro Sampaio até a Av. Dr. Arnaldo, na descida da Av. Pacaembu, onde, no estádio, daríamos uma volta triunfal entre tropas do Exército, Marinha e Aeronáutica e outros colégios dos bairros vizinhos.
Era apoteótico para nós, meninos e meninas com seus tambores, caixas, taróis, clarins e tubas, orgulhosamente, tocando o Hino Nacional e outros lindos hinos das três forças armadas. .
Enchíamos-nos de orgulho à entrada no imenso pórtico do Estádio Pacaembu para a volta pela quadra olímpica, cantando o Hino Nacional.
Cheguei a chorar de emoção em algumas das quatro vezes que desfilei. Naquela época, o ginásio era feito em quatro anos, e o científico/clássico, em mais três, antes de nos habilitarmos a prestar o vestibular,
Desfilei por dois anos tocando tarol e por mais dois tocando clarim, feito um que, orgulhosamente, está dependurado numa estante da Toca.
Belo Horizonte, setembro/2015.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” Charles Chaplin