AS FANFARRAS
Hoje cedo fui
buscar meus remédios (pressão, ansiolíticos, etc.) na “Farmácia Popular” da
Araújo, na Av. Brasil, e topei com uma fanfarra ensaiando. Era regida por um
oficial da Polícia Militar e os meninos e meninas, com um uniforme que parecia
de escola pública.
Viajei no tempo e
fui à década de 1950, quando desfilava em São Paulo na fanfarra do Ginásio
Castro Alves, pelas ruas do bairro de Pinheiros, onde morávamos. Que lembrança adorável!
Nosso uniforme
era de calças azul marinho e um moletom branco, tendo bordado Castro Alves, em azul, no peito. Lá, a
garoa nos castigava no inverno e esses ensaios começavam nas férias de julho,
indo culminar no desfile de sete de setembro, na semana da independência.
Nossa marcha
subia pela Rua Teodoro Sampaio até a Av. Dr. Arnaldo, na descida da Av. Pacaembu,
onde, no estádio, daríamos uma volta triunfal entre tropas do Exército, Marinha
e Aeronáutica e outros colégios dos bairros vizinhos.
Era apoteótico
para nós, meninos e meninas com seus tambores, caixas, taróis, clarins e tubas,
orgulhosamente, tocando o Hino Nacional e outros lindos hinos das três forças
armadas. .
Enchíamos-nos de
orgulho à entrada no imenso pórtico do Estádio Pacaembu para a volta pela
quadra olímpica, cantando o Hino Nacional.
Cheguei a chorar
de emoção em algumas das quatro vezes que desfilei. Naquela época, o ginásio
era feito em quatro anos, e o científico/clássico, em mais três, antes de nos
habilitarmos a prestar o vestibular,
Desfilei por dois
anos tocando tarol e por mais dois tocando clarim, feito um que, orgulhosamente,
está dependurado numa estante da Toca.
Belo Horizonte,
setembro/2015.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
“A vida é uma
peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e
viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.”
Charles Chaplin