THELONIOUS MONK
Em 1965, morava
em New York, num apartamentozinho minúsculo em Greenwich Village, com mais dois
amigos brasileiros e um americano.
Éramos muito
felizes e sabíamos.
Numa daquelas
noites foi anunciada uma performance do pianista Thelonious Monk, no Village
Vanguard, a poucos quarteirões de casa.
Conhecíamos, de
nome, o pianista que havia gravado, pelo menos, duas músicas antológicas no
mundo jazzístico: Round Midnight e Lulu’s Go Back in Town, então, em todas
as paradas nas rádios e televisões.
Ivan e eu,
fanáticos por jazz, fizemos uma vaquinha, pedimos dinheiro emprestado aos
amigos e atravessamos a rua para a grande noitada. O “velho Monk”, como era
chamado, era uma figura muito esquisita. Com um gorro ensebado na cabeça, sentou-se
ao piano acompanhado de um baixista e de um baterista que, infelizmente, não me
recordo dos nomes - desatenção nossa com os músicos diante do grande mestre,
que encobria qualquer coadjuvante, por melhor que fosse.
Nunca tínhamos
ouvido o som que ele tirava do piano. Notas fortes e muito bem marcadas, num desenho melódico
intrigante e fascinante ao mesmo tempo.
Na época, e
continuo sendo até hoje, viciado em Jack Daniel`s - whisky americano destilado
no Tennessee -, tomamos vários cowboys
e nos encantamos com a música do mestre TM. Ainda guardo com muito carinho o LP
comprado na portaria do Vanguard.
Belo Horizonte,
outubro/2015.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
“Querer a
felicidade já é ser feliz.” Jacques Demy
"Pois é, mas você tem
que correr atrás da felicidade, tem que querer mesmo, porque ela não cai no seu colo",- como complementa o meu primo, o psicólogo
Marco Antonio Ladeira