sábado, 10 de outubro de 2015

THELONIOUS MONK
Em 1965, morava em New York, num apartamentozinho minúsculo em Greenwich Village, com mais dois amigos brasileiros e um americano.
Éramos muito felizes e sabíamos.
Numa daquelas noites foi anunciada uma performance do pianista Thelonious Monk, no Village Vanguard, a poucos quarteirões de casa.
Conhecíamos, de nome, o pianista que havia gravado, pelo menos, duas músicas antológicas no mundo jazzístico: Round Midnight e Lulu’s Go Back in Town, então, em todas as paradas nas rádios e televisões.
Ivan e eu, fanáticos por jazz, fizemos uma vaquinha, pedimos dinheiro emprestado aos amigos e atravessamos a rua para a grande noitada. O “velho Monk”, como era chamado, era uma figura muito esquisita. Com um gorro ensebado na cabeça, sentou-se ao piano acompanhado de um baixista e de um baterista que, infelizmente, não me recordo dos nomes - desatenção nossa com os músicos diante do grande mestre, que encobria qualquer coadjuvante, por melhor que fosse.
Nunca tínhamos ouvido o som que ele tirava do piano. Notas fortes e  muito bem marcadas, num desenho melódico intrigante e fascinante ao mesmo tempo.
Na época, e continuo sendo até hoje, viciado em Jack Daniel`s - whisky americano destilado no Tennessee -, tomamos vários cowboys e nos encantamos com a música do mestre TM. Ainda guardo com muito carinho o LP comprado na portaria do Vanguard.
Belo Horizonte, outubro/2015.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
“Querer a felicidade já é ser feliz.” Jacques Demy 

"Pois é, mas você tem que correr atrás da felicidade, tem que querer mesmo, porque ela não cai no seu colo",- como complementa o meu primo, o psicólogo Marco Antonio Ladeira