domingo, 25 de agosto de 2013




EL MERENGUE Y UNAS COSITAS MÁS DELA HISPANIOLA
A exemplo do meu amigo Ruy Araújo, que escreveu dois excelentes guias sobre Veneza e Roma, resolvi informar também, nestas crônicas semanais, um pouco mais sobre os lugares que visitei, não com a intenção de escrever um guia, mesmo não tendo a competência dele, mas, somente,  a título de oferecer aos meus leitores um pouco da história e curiosidades sobre aquele lugar/cidade/país visitado.
Começo pela República Dominicana, cujo nome de origem é La Hispaniola, assim batizada por Cristóvão Colombo em homenagem à sua terra pátria. Santo Domingo, a capital, guarda os restos mortais do descobridor bem como do irmão dele, Diogo Colombo, que foi nomeado Governador da ilha, após a volta de Cristóvão para a Espanha.
Com um governo pioneiro, Diogo instituiu a primeira igreja, o primeiro hospital e a primeira universidade católica das Américas, que é a religião predominante.
A ilha La Hispaniola é dividida em dois terços de terra para a República Dominicana e um terço para o Haiti, o país mais pobre das Américas.
Na aportagem, Colombo lá encontrou um povo indígena pacífico, chefiados na época por Guacanagarix, que o recebeu com muita cordialidade e simpatia. Fato raro na colonização das Américas. No entanto, que pena, esses indígenas foram dizimados pelas novas doenças advindas da Europa, bem como pela adesão aos hábitos e costumes dos visitantes, totalmente avessos aos deles. Com isto, os espanhóis importaram mão de obra africana que veio juntar-se aos europeus colonizadores e aos americanos ali existentes para formar uma raça alegre e descontraída.
Nas práticas agropecuárias, os dominicanos adotaram, em tempos relativamente recentes, um interessante projeto de reforma agrária, chamado Plan Sierra, onde, com uma divisão de glebas bem planejada distribuíram pequenos sítios habitados pela família dos campesinos, quase que totalmente independentes do Governo. Eles plantam e criam os produtos de sua subsistência, seus filhos frequentam as escolas públicas e assim vivem felizes sua vidinha simples.
Fizemos uma visita a esse sítio reformado e ficamos muito bem impressionados pela solução coletiva que, infelizmente, não se aplica aos países continentais, como o Brasil.
Lembro-me ainda que, numa tarde de sol na capital dominicana, a Universidad Madre y Maestra apresentou-nos uma bela seleção de canções tradicionais com seu afinadíssimo coro de lindas señoritas.
Da minha estada em La Hispaniola ficou, pois, a lembrança de um povo feliz e descontraído que dança o merengue e, especialmente, de uma noite estrelada, quando ofereci uma serenata à mais deslumbrante Via Láctea  jamais vista por mim.
Deu vontade de sair voando...
Belo Horizonte, agosto de 2013.


FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS

Dizer não e viver sozinho são os dois meios únicos de conservar a liberdade e o caráter. Chamfort