MGB-GT 1968: UMA PAIXÃO
No final de 1970,
troquei com o Julianete Cabral um Karman-Ghia GT, branco, muito novo, por um
MGB-GT 1968, azul-marinho metálico. Um clássico inglês. Nascia ali uma paixão
irresistível. Só os amantes por automóveis conseguem entender este sentimento
tão forte.
Carro esporte, dois
lugares, que já fazia, à época, de 0
a 100 em menos de 5 segundos. O carrinho era uma bala e
estava muito bem conservado. Usei-o durante anos até que fui abalroado, como
dizem os peritos de trânsito, por um Fusca desgovernado em frente ao Colégio
Estadual. Fiquei desolado! Sentei-me ao lado do carro e fiquei alisando a
lataria dianteira toda amarrotada. O rapaz que me abalroou, gentilmente, foi me
pedir desculpas, dizendo-se um motorista novato, que se encantou
com o meu carro e não conseguiu desviar... foi chegando, chegando, até bater.
Comprometeu-se,
então, a pagar o conserto, o que cumpriu religiosamente, e ainda me ajudou a
chamar o guincho para levar a joia até uma oficina no Carlos Prates, onde um
funileiro amigo dele ficaria encarregado dos desamassos. Mas, o pintor, eu
ponderei, seria um da minha confiança, o Joaquim.
Aproveitei para
pesquisar sobre o carro e descobri outras cores, também de fábrica, para a
mudança da pintura. Gostei do amarelo e mandei fazer o serviço. O MG ficou
lindo, clarinho, uma joia renovada.
E foi mais uma
temporada de viagens pelo Brasil afora com aquela máquina maravilhosa. Muitas
horas de prazer ao volante do MGB-GT 1968.
Um viva à vida
motorizada!
Fotos P&B: Ronald Andrade
Foto colour: Google
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
“Pobre do Estado
que precisa de soldados e magistrados.” Anônimo