domingo, 13 de março de 2016

MGB-GT 1968: UMA PAIXÃO
No final de 1970, troquei com o Julianete Cabral um Karman-Ghia GT, branco, muito novo, por um MGB-GT 1968, azul-marinho metálico. Um clássico inglês. Nascia ali uma paixão irresistível. Só os amantes por automóveis conseguem entender este sentimento tão forte.
Carro esporte, dois lugares, que já fazia, à época, de 0 a 100 em menos de 5 segundos. O carrinho era uma bala e estava muito bem conservado. Usei-o durante anos até que fui abalroado, como dizem os peritos de trânsito, por um Fusca desgovernado em frente ao Colégio Estadual. Fiquei desolado! Sentei-me ao lado do carro e fiquei alisando a lataria dianteira toda amarrotada. O rapaz que me abalroou, gentilmente, foi me pedir desculpas,   dizendo-se um motorista novato, que se encantou com o meu carro e não conseguiu desviar... foi chegando, chegando, até bater.
Comprometeu-se, então, a pagar o conserto, o que cumpriu religiosamente, e ainda me ajudou a chamar o guincho para levar a joia até uma oficina no Carlos Prates, onde um funileiro amigo dele ficaria encarregado dos desamassos. Mas, o pintor, eu ponderei, seria um da minha confiança, o Joaquim.
Aproveitei para pesquisar sobre o carro e descobri outras cores, também de fábrica, para a mudança da pintura. Gostei do amarelo e mandei fazer o serviço. O MG ficou lindo, clarinho, uma joia renovada.
E foi mais uma temporada de viagens pelo Brasil afora com aquela máquina maravilhosa. Muitas horas de prazer ao volante do MGB-GT 1968.
Um viva à vida motorizada!
Fotos P&B: Ronald Andrade
Foto colour: Google
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS

“Pobre do Estado que precisa de soldados e magistrados.” Anônimo