As nuvens são o maior mistério
físico dos céus. Suas infinitas e variadas formações nos encantam a cada vez
que as admiramos e, se assim quisermos entender, parece que elas estão sempre
nos dando algum recado. Sábado passado
não foi diferente.
Como vivemos olhando para o céu -
o Zuza e eu -, estamos sempre encontrando formações curiosas. Do nada, ele
exclama: Uai, Roberto, o Brasil sem o Rio Grande do Sul?!
Reparei, então, que ele estava com
o olhar fixado numa nuvem que apresentava um oco vazio com aquela formação
curiosa: era o mapa do Brasil sem o Rio Grande do Sul. Como as nuvens se
desfazem rapidamente, ficamos observando as mudanças. Subitamente sumiram o
Acre e Rondônia, mas em compensação, o Rio Grande do Sul voltou e trouxe com
ele o Uruguai e um pedacinho da Argentina, com a visão clara da bacia do Rio La
Plata. E assim durou mais alguns segundos até que foi sumindo uma parte do Nordeste, começando pela
ilha de Fernando de Noronha. Daí, comeu o Rio Grande do Norte, a Paraíba e
Sergipe. As regiões norte, sudeste e sudoeste mantinham-se íntegras até que um
vento forte desmanchou tudo, mantendo somente o estado de Goiás completo.
Cortou até a parte de cima dele, o Tocantins. E, no meio daquele vácuo
esboçando parte do Brasil Central, passou um magnífico Boeing da TAM com uma
linda cauda de condensação, que teve o nosso comentário: Esse parece que vai
para os Estados Unidos, fugindo desse calor infernal dos trópicos. E sumiu...
Donde se conclui que, em alguns minutos, fizemos uma viagem ao redor do Brasil
e países vizinhos, projetamos nossos pensamentos para os passageiros do Boeing
e voltamos sãos e salvos para tomar mais algumas cervejas. Ave, sábado!
Belo Horizonte, janeiro/2015.
rhbrandao@gmail.com
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
Antes do advento do Facebook, era
realmente uma demonstração de afeto e consideração quando alguém se lembrava do
seu aniversário. @HELYTIMES