quinta-feira, 4 de junho de 2015

FISIONOMIAS PADRÃO?
Há muito venho matutando sobre a semelhança das pessoas. Às vezes, você é apresentado a alguém e tem a sensação de que já conheceu aquela pessoa, seja pelo formato do rosto, seja pelo penteado ou pelo nariz, ou mesmo pela distância entre os olhos, sei lá, alguma coisa que é comum a milhares de pessoas mundo afora.
Ontem, numa reportagem jornalística pela tevê, enxerguei numa senhora que estava sendo entrevistada uma porção de pessoas que tenho conhecido ao longo da minha vida. Ela tinha as mesmas feições de uma tia de meia idade, da mãe do meu cunhado, da vizinha do quinto andar, da feirante de domingo, da atendente do sacolão, da motorista  de um táxi que havia tomado, enfim, ela tinha uma “cara padrão”.
E, com esta ideia na cabeça, comecei a filosofar.
Por exemplo, será que quando a gente se interessa por alguém, a gente consegue descobrir nela alguma diferença sobre as outras? Será que a gente busca um tipo especial? Por que eleger aquela e não outra para ser sua companheira? Qual seria o momento exato daquela escolha e por quê?
É uma sensação esquisita, pois, voltando àquela entrevista, fiquei com a impressão de que as pessoas talvez não se preocupem com isto, quem sabe a maioria topa qualquer parada e vive a vida toda com uma “cara padrão”.
Não é questão de ser bonita ou feia, e só de não ser uma “cara padrão”. Já pensou em acordar, olhar para a sua parceira e ter a sensação de que dormiu com sua tia ou com a caixa do supermercado da esquina?
Preste atenção.
Belo Horizonte, maio/2015
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS

“Eu acredito no Deus de Espinoza, que se revela na harmonia de tudo o que existe, e não num Deus preocupado com o destino e as ações da humanidade.” Albert Einstein