FISIONOMIAS
PADRÃO?
Há muito venho
matutando sobre a semelhança das pessoas. Às vezes, você é apresentado a alguém
e tem a sensação de que já conheceu aquela pessoa, seja pelo formato do rosto, seja
pelo penteado ou pelo nariz, ou mesmo pela distância entre os olhos, sei lá, alguma
coisa que é comum a milhares de pessoas mundo afora.
Ontem, numa
reportagem jornalística pela tevê, enxerguei numa senhora que estava sendo
entrevistada uma porção de pessoas que tenho conhecido ao longo da
minha vida. Ela tinha as mesmas feições de uma tia de meia idade, da mãe do meu
cunhado, da vizinha do quinto andar, da feirante de domingo, da atendente do
sacolão, da motorista de um táxi que havia
tomado, enfim, ela tinha uma “cara padrão”.
E, com esta ideia
na cabeça, comecei a filosofar.
Por exemplo, será
que quando a gente se interessa por alguém, a gente consegue descobrir nela
alguma diferença sobre as outras? Será que a gente busca um tipo especial? Por
que eleger aquela e não outra para ser sua companheira? Qual seria o momento
exato daquela escolha e por quê?
É uma sensação
esquisita, pois, voltando àquela entrevista, fiquei com a impressão de que as
pessoas talvez não se preocupem com isto, quem sabe a maioria topa qualquer
parada e vive a vida toda com uma “cara padrão”.
Não é questão de
ser bonita ou feia, e só de não ser uma “cara padrão”. Já pensou em acordar, olhar
para a sua parceira e ter a sensação de que dormiu com sua tia ou com a caixa
do supermercado da esquina?
Preste atenção.
Belo Horizonte,
maio/2015
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
“Eu acredito no
Deus de Espinoza, que se revela na harmonia de tudo o que existe, e não num
Deus preocupado com o destino e as ações da humanidade.” Albert Einstein