quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

BEM-VINDO 2012

Os que acompanham meus escritos neste blog devem ter notado que postei, no dia 1º, apenas um poema sobre a Serra do Curral. Mas, não quero deixar só nisto. Quero que o tal poema seja uma especial provocação ao maestro Célio Andrade Jr. para que componha uma melodia e que, inspirados nessa música, possamos evocar a proteção e os bons fluidos da Serra que nos abriga e protege, neste delicioso Curral Del-Rey.
Existe um sentimento na minha alma que aflora toda vez que eu volto a Belo Horizonte após alguma viagem por aqui ou alhures. Logo que atravesso o maciço da Serra ou de carro ou de avião,  quiçá de navio e até em sonhos, é aí que sinto que cheguei realmente na minha casa. É uma sensação de “adentrar pelos umbrais do meu lar” (A norma culta é outra coisa, não?). E é assim que quero me sentir neste novo ano, acolhido e protegido pela Serra do Curral.
Percebo ainda que, entra ano e sai ano, a gente fica com aquela sensação de que ainda não fez de tudo. Que não falou tudo o que queria ou deveria, que não cantou todas as músicas de que gosta, que não ouviu o que precisava ouvir, que não andou por onde falta andar e que deixou passar alguma coisa que não deveria ter deixado passar. E neste 2012, não quero deixar nada para trás. A começar pela música, minha vida e meu encanto. Quero compor ao máximo. Quero até escrever um livro. Quero cantar todo dia. Quero beber - por que não? - muitas cervejas e muitos vinhos. Quero comer de tudo o que me for oferecido. Quero abraçar e beijar, quero ser abraçado e beijado, quero sentir falta e ser desejado, quero correr e ficar parado, quero pular e me deitar, quero me ajoelhar e rezar, quero amar e ser amado, enfim, quero tudo, tudo, tudo...
Em Belo Horizonte, quatro de janeiro de dois mil e doze.
Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir passar o vento, vale a pena ter nascido. Fernando Pessoa