domingo, 13 de julho de 2014

I LEFT MY HEART IN SAN FRANCISCO
Havia combinado com o Márcio, meu amigo e compadre, um programa bem organizado: Christmas in New York & Happy New Year in San Francisco.  Mas, não deu certo e seguimos sozinhos para São Francisco que, realmente, é a cidade mais charmosa dos Estados Unidos.
Lembro-me que a Lúcia, minha irmã, e eu, decidimos tomar umas cervejas no famoso Fisherman`s Wharf . Convidamos a Carminha para acompanhar-nos, mas ela não gostava de cerveja, mas os irmãos eram viciados. Foi um programão!
Pegamos o bonde na Market Street e descemos no meio da bagunça. De cara, encontramo-nos com uma dupla de cantores que havíamos conhecido no hotel, cantando numa esquina qualquer, já às dez horas da manhã.  Lá, é assim, qualquer hora é hora e todo mundo tem liberdade para fazer o que quiser. São Francisco é o lugar onde fica mais evidente o significado da palavra liberdade; nunca conheci outro lugar assim.
Andamos pelas ruas observando a turma: mágicos equilibrando bolas e tacos; cartomantes e ciganos lendo mãos e profetizando destinos; esportistas jogando basquete numa cesta solta no meio da rua; hippies pitando uns cigarrinhos e tocando um violão desafinado; violinistas e pianistas acomodados na carroceria de uma camionete; gente de toda cor e raça num ar impregnado de alegria e felicidade.
Estávamos hospedados num hotel escuro, pois eu havia feito a reserva no aeroporto, considerando apenas o preço e nada mais. Assim, não tinha a menor ideia sobre a localização e acabamos na "zona boêmia". Mas, nada que nos comprometesse, pois também estávamos para o que desse e viesse. O café da manhã era num bar da esquina, cheirando a cigarro e maconha, com os fregueses com cara de poucos amigos, barba crescida, mulheres super-pintadas e já bastante borradas com as roupas amarrotadas, sujas e rotas, enfim, não eram mal encarados, coitados, só estavam curtinho uma ressaca daquelas. Eu mesmo já havia passado por algumas dessas, nas noitadas sem fim em Ribeirão Preto e São Paulo.
Voltando ao nosso passeio cervejístico, sentamo-nos numa mesa de um agradável bar no Pier 39 e derrubamos muitas. Carminha até arriscou uns golinhos da gelada Budweiser.  Foi lá que conheci um publicitário, colega, cuja agência era num barco ancorado no Pier (já contei essa história noutra crônica).
Assim, neste mês de julho, cujo verão está fervendo por lá, recomendo aos meus leitores que, nos Estados Unidos, não deixem de reservar um passeio por São Francisco. Lá, é sempre uma festa!
Belo Horizonte/ julho 2014.
rhbrandao@gmail.com
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende. Leonardo da Vinci