sábado, 20 de dezembro de 2014

O HOMEM DAS “NUVENS AZUIS”
Com este título, só poderia tratar nesta crônica sobre a vida de um sonhador. E ele era.
Nascido de uma família pobre no Serro, então distrito de Diamantina, Redelvim saiu de casa para entregar mulas e acabou encontrando os cristais que povoaram a vida dele de alegrias e lhe proporcionaram amealhar uma das maiores fortunas de Minas Gerais.
Morando em Belo Horizonte e com a família formada, entrou num DC-4 da Pan-American. Sozinho e sem falar uma palavra em inglês aportou em Nova York com umas pedrinhas no bolso do colete para tentar vendê-las a empresários americanos. Começava ali a história do "Rei do Cristal", apelido que recebeu da grande elite industrial brasileira ao montar uma exportadora das pedras mineiras. Isto, em plena Segunda Guerra Mundial, quando o cristal se prestava a inúmeras utilidades para os sofisticados aparelhos projetados pelo MIT - Massachusets Institute os Technology, em Cambridge.
Mas ele não parou por aí. Continuou sonhando e no velho alambique da Fazenda Boa Esperança, em Santa Luzia, destilou a primeira garrafa da aguardente que batizaria de “Nuvens Azuis”.
Esta é uma pequena introdução à história que estou escrevendo sobre o Redelvim Andrade que, na foto gentilmente remetida pelo seu primeiro neto Henrique Oswaldo, aparece ao lado do primeiro alambique da “Nuvens Azuis”.
Aos leitores, parentes e amigos do produtor da famosa cachaça, que queiram colaborar, peço a gentileza de me enviarem histórias, fatos e acontecimentos relativos à vida dessa extraordinária figura. Muito obrigado.
Belo Horizonte, dezembro de 2014.
rhbrandao@gmail.com


FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
Não se acostume com o que não o faz feliz. Fernando Pessoa