O HOMEM DAS “NUVENS AZUIS”
Com este título, só poderia tratar
nesta crônica sobre a vida de um sonhador. E ele era.
Nascido de uma família pobre no
Serro, então distrito de Diamantina, Redelvim saiu de casa para entregar mulas
e acabou encontrando os cristais que povoaram a vida dele de alegrias e lhe
proporcionaram amealhar uma das maiores fortunas de Minas Gerais.
Morando em Belo Horizonte e com a
família formada, entrou num DC-4 da Pan-American. Sozinho e sem falar uma
palavra em inglês aportou em Nova York com umas pedrinhas no bolso do colete
para tentar vendê-las a empresários americanos. Começava ali a história do
"Rei do Cristal", apelido que recebeu da grande elite industrial
brasileira ao montar uma exportadora das pedras mineiras. Isto, em plena
Segunda Guerra Mundial, quando o cristal se prestava a inúmeras utilidades para
os sofisticados aparelhos projetados pelo MIT - Massachusets Institute os
Technology, em Cambridge.
Mas ele não parou por aí.
Continuou sonhando e no velho alambique da Fazenda Boa Esperança, em Santa
Luzia, destilou a primeira garrafa da aguardente que batizaria de “Nuvens
Azuis”.
Esta é uma pequena introdução à
história que estou escrevendo sobre o Redelvim Andrade que, na foto gentilmente
remetida pelo seu primeiro neto Henrique Oswaldo, aparece ao lado do primeiro
alambique da “Nuvens Azuis”.
Aos leitores, parentes e amigos do
produtor da famosa cachaça, que queiram colaborar, peço a gentileza de me
enviarem histórias, fatos e acontecimentos relativos à vida dessa
extraordinária figura. Muito obrigado.
Belo Horizonte, dezembro de 2014.
rhbrandao@gmail.com
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
Não se acostume com o que não o faz feliz. Fernando Pessoa
