sábado, 27 de outubro de 2012

OS CABELOS CACHEADOS  DE MARÍLIA EN LOS AÑOS CINQUENTA



É de você,  Marília,  que  me lembro sempre quando penso naquela formidável  São Paulo dos anos 50.  No velho ônibus Sumaré-Centro  você,  de saia xadrez até o joelho, blusinha branca, meias soquete, sapatos de salto baixo e o indispensável colecionador. Foi ali que vi o seu nome. Pois é, Marília, você não usava uniforme e só no inverno, aparecia com o blusão vermelho com o M de Mackenzie, estampado na frente. Sua roupa era típica de uma estudante daquela época gloriosa. Os jeans ainda não existiam como moda, era só uma roupa surrada e resistente dos eternos caubóis e trabalhadores americanos. Mas sobressaíam na sua figura seus cabelos cacheados, talvez a marca mais registrada de um período inesquecível da minha vida. 
Que tempo bom aquele não?
Porque el  tiempo pasa y nos vamos poniendo viejos.
Nunca conheci você,  nunca falei com você  mas sua lembrança é tão boa que talvez pudesse ter havido um namoro entre nós,  quem sabe?
El amor no lo reflejo, como ayer.
Você era tudo de que eu gostava.
Naquele tempo, contavam  muitos pontos a discrição, a serenidade, a candura da inocência e a simplicidade nos gestos. Você tinha tudo isso e mais o que vale até hoje: a  beleza, a elegância, a educação fina e os cabelos cacheados.
Que lindos cabelos Marília!
Y en cada conversación, cada beso, cada abrazo. Se impone siempre un pedazo de razón.
Nosso ônibus vencia a av. Dr. Arnaldo, descia a rua da Consolação e aproximava-se do nosso destino: o Colégio Mackenzie. Era uma trajeto curto, meia hora no máximo,
mas cheio de trejeitos, de indagações, de indecisões e daqueles inesquecíveis olhares dos anos cinquenta que naquele momento, mudamente,  só nós dois entendíamos.
No ponto de ônibus da rua Maranhão descíamos mas tomávamos rumos diferentes.  Você era aluna do Curso Clássico e eu, do Científico. Naquelas alas separadas talvez continuássemos a pensar um no outro. Por mim,  tenho certeza  de que sim pois ficava imaginando como você voltaria para casa. De ônibus? Ou talvez aceitasse alguma carona por mim indesejada? Nunca conferia, tinha  medo das  surpresas... 
Nunca vi você no recreio. Sozinho, comia  o meu cachorro-quente com Coca-Cola em meio a um turbilhão de conversas, perguntas,  marcação de programas, discussão sobre os resultados das provas e tudo o mais.  Naquele ano, por motivos justos, tomei bomba.
Y vamos viviendo, entre las horas que van murriendo, las viejas discusiones se van perdiendo entre las razones.
Mas me restava sempre o consolo de que, no dia seguinte às doze e trinta, nos encontraríamos novamente naquele velho ônibus vermelho e branco.
Porque el tiempo pasa y nos vamos...
PS. Em itálico, a letra da lindíssima música, Años , de Pablo Milanes, cubano de boa cepa.
Belo Horizonte, julho /1982

FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
Quando o vinho desce as palavras sobem. (Provérbio português)

sábado, 20 de outubro de 2012

La Veuve Joyeuse et moi
Pelo título, vocês já perceberam que acabei de sair do Palácio das Artes, depois de assistir, encantado, uma belíssima versão da Viúva Alegre, esta personagem que habitou  minha vida durante muitos anos, principalmente enquanto morava com o papai, verdadeiro apaixonado pela história e pela maravilhosa música, criadas pelo gênio de Franz Lehár.
Contar que fui assistir à peça é pouco, porque em alguns momentos derramei uma silenciosa lágrima, daquelas que só saem quando apertamos o coração para arrancar lá do fundo um choro contido pelo tempo e pelas barreiras dos sentimentos represados.
E aquela lágrima veio trazendo as boas lembranças de um momento único e feliz  quando numa noite, a Lúcia e eu, em pleno rock`n roll, ouvimos do papai, quando chegou, o único pedido jamais feito a nós, para tocar uma música. Disse ele: “Por favor, meninos, estou com muita vontade de ouvir A Viúva Alegre. Vamos ouvi-la?”
Interrompemos a cantoria e, na velha vitrola do nosso apartamento da Rua Teodoro Sampaio, em São Paulo, rodamos o disco para ele que, assentou-se no sofá em frente e, com os olhos cheios d`água ouviu a peça até o final. Em completo silêncio!
Para nós, foi uma oportunidade única, pois, pudemos compartilhar com ele, de um instante de total desligamento da vida dos micróbios e das bactérias, para render-se à beleza da música que tanto amava.  
E hoje, na platéia do teatro senti as almas deles ali presentes, a dele e a da Lúcia juntas comigo, a cada hora em que la Veuve Joyeuse aparecia no palco. Foi delicioso o nosso encontro.
Reparem que estou insistindo no nome em francês, pois a peça cantada em português foi  o único incômodo que senti durante todo o espetáculo. A tradução para o português, embora ótima e tendo sido versada pelo insuperável Millôr Fernandes, desviou minha concentração para  procurar entender os diálogos cantados e ofuscou minha atenção quanto aos lindíssimos figurinos, os comportados cenários em art-deco ressaltados por uma iluminação perfeita, os figurinos bem cortados, os excelentes solistas, o Coral Lírico de Minas Gerais e o Ballet Jovem do Palácio das Artes, todos muito bem interpretados sob a regência firme  do maestro Silvio Viegas à frente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, afinadíssimos com a grandiosidade do espetáculo.
Parabéns e muito obrigado à direção da Fundação Clóvis Salgado.
Não percam.
Belo Horizonte, outubro de 2012.

FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
A fidelidade devia ser facultativa. Nelson Rodrigues (1912-1980)





sábado, 13 de outubro de 2012

AMEAÇA DE MORTE
Numa manhã, estava quase saindo para trabalhar quando recebi um telefonema muito estranho: Se meu pai morrer, você também morre. Ameaçou e desligou. Fiquei gelado, pois, não sabia do que se tratava. A gente sempre tem alguma cisma sobre uma resposta mal dada, uma reação mais intempestiva, alguma coisa que poderia ter feito pela  vidanessas aventuras por caminhos tão diversos e muitas vezes perigosos, onde tudo pode acontecer.
Na época, respondia pela gerência de marketing da Metrobel, empresa criticada diariamente pela mídia impressa, falada, televisada e combatida por toda a população da cidade, fossem pedestres, motoristas, carroceiros, biciclistas, carroceiros, transportadores, enfim, todos eram contra a Metrobel, cujo presidente sempre afirmava, para nos tranquilizar: “Não se preocupem, a realidade vai se impor”.
Na verdade, as intervenções na vida dos belo-horizontinos eram intensas, as rotinas de todos aqueles grupos eram quebradas, pois as ruas tinham suas mãos trocadas, os quarteirões eram fechados, mudavam-se os trajetos percorridos durante décadas nos  caminhos para o trabalho, para as escolas, para os programas de fins de semana, enfim, tudo foi revirado. E com a melhor e a mais profissional das intenções. Se aquelas mudanças não houvessem ocorrido naquela época, talvez, hoje, nem conseguíssemos sair de nossas casas a pé, de carro ou de qualquer outra forma. Só pelo ar, quem sabe?
Assim, com aquela duríssima missão de explicar à população que estávamos fazendo o melhor, que os afetados no momento deveriam ser pacientes, pois os benefícios viriam um dia, fui para o trabalho só que, agora, ameaçado de morte. Será que algum morador da cidade teria sido atropelado numa das vias que havíamos mexido? Ou seria um acidente de carro com feridos? Ou ainda, um filho cujo pai saiu para trabalhar e não voltou mais?
Segui, então, para o trabalho, estacionei na minha vaga, no prédio da Av. Getúlio Vargas, onde estava localizada a empresa, e saí pelo portão da garagem meio disfarçado, de chapéu, óculos escuros, me escondendo nas vitrines da Importadora Chen, até entrar no prédio. Será que havia alguém escondido esperando para me plantar uma bala na testa? Que horror! Cumprimentei os porteiros, tomei o primeiro elevador, e me meti na minha sala, fechando a porta, o que nunca fazia. Logo que me assentei, o telefone tocou: Estamos lhe avisando que, se o nosso pai morrer, o senhor morre também. Agora, a ameaça era em nome coletivo.
Pedi ao chefe de gabinete para agendar com urgência um horário para eu falar com o presidente. Contei-lhe, então, o ocorrido e o chefão, sempre muito esclarecido e objetivo, disse: Acho que isto não tem nada a ver com a Metrobel, Roberto. Não houve nenhum acidente recente que pudesse gerar uma reação dessas. Pense bem, deve ser alguma coisa relativa à sua vida particular. Se alguém quisesse se vingar da Metrobel pelas nossas intervenções, o alvo seria eu, é lógico. Concordei que a ameaça poderia ter a ver comigo mesmo.
Aí, me lembrei do ocorrido uma semana antes, quando meu caseiro, em Santa Luzia, havia baleado o vizinho que o estava ameaçando por ter mexido com a mulher dele. Só podia ser isso, mas sobrar pra mim por quê? Fui analisando a situação e concluí que era essa a razão das ameaças. À noite, em casa, mais uma ameaça e, na manhã seguinte, quando recebi outro telefonema, gritei no telefone: Quem é você? O que eu fiz pro seu pai? Aí, a voz respondeu: Se o senhor defender aquele sujeito que atirou no meu pai e ele morrer, o senhor morre também. Mas... - tentei prosseguir a conversa, inutilmente. Aí, matei a charada. Era mesmo a família do baleado.
O que houve foi o seguinte: ao saber do acontecido, fui à Delegacia de Polícia de Santa Luzia para conversar com o meu empregado sobre o ocorrido, inclusive sua prisão. Logo, a autoridade policial me indagou:
- Quem é o senhor?
- Sou o patrão, ele é meu caseiro aqui em SL.
- Só que agora ele está preso e a única pessoa que pode conversar com ele é um advogado, pois, qualquer coisa que ele falar será considerado como um depoimento. -- - Pois é, policial, mas eu sou advogado - e mostrei-lhe minha carteira da OAB.
Ele sorriu e falou:
- Ah! Doutor, o senhor devia ter falado logo. Pode entrar sim.
Na verdade, a notícia correu como um rastilho de pólvora em Santa Luzia, de que o advogado do caseiro havia se apresentado à policia para defendê-lo. Mas, eu não tinha a menor intenção em defender nem ele nem ninguém, pois, minha única atuação na área criminal havia acontecido para libertar o filho da empregada de um vizinho nosso, preso na Delegacia de Contagem, onde, de bicicleta, havia atropelado uma senhora, deixando-a com pequenas escoriações. No caso, senti que era um processo muito simples, combinei com a vítima de que o réu custearia seu tratamento e, imediatamente, soltaram o rapaz, mediante o pagamento das despesas do pronto socorro numa farmácia, com uma nota de dez cruzeiros. Assim, entreguei o jovem com a bicicleta na casa do vizinho e, na hora do almoço, recebi uma galinha assada, pelos meus honorários. Aquela foi a primeira e única paga pelo meu trabalho como advogado na área criminal. E valeu a pena, sem qualquer trocadilho, pois a galinha assada estava ótima, temperinho caseiro, com arroz e feijão, uma delícia.
Voltando às ameaças de morte e descoberta a origem do engano da família pedi ao tio Dirceu, patrão do baleado, que me levasse até à família dele para os devidos esclarecimentos. Como sempre, o tio Dirceu, cordial e atenciosamente, marcou um encontro com a família da vítima no quarto do Hospital das Clínicas, onde ele estava internado para tratamento e lá fui eu, corajosamente amparado pelo tio Dirceu, dar as explicações necessárias. Disse a eles que somente havia sido autorizado a conversar com meu empregado devido à minha condição de advogado e que não tinha a menor intenção de defendê-lo. Deixei claro que era contra qualquer tipo de violência, que cada um era responsável pelos seus atos, enfim, que o problema era dele, etc. e tal e que, por favor, parassem com aquelas ameaças infundadas. Muito desconfiados, se entreolharam e se deram por satisfeitos com minhas explicações, que eram verdadeiras, e suspenderam as ameaças. Sorrimos todos pelo final feliz, apertei a única mão disponível do acidentado, desejando-lhe melhoras e saí aliviado. Sorte minha que a vítima não faleceu como consequência daquele tiroteio. Ele ainda trabalhou mais alguns anos e soube que morreu um tempo depois de morte morrida. Graças...
O caseiro era, realmente, uma figura sinistra. Tomei conhecimento dele através de um pequeno anúncio no Estado de Minas que informava sobre alguém procurando emprego como caseiro, com tais e quais referências. Telefonei para o número indicado e certo deputado estadual paulista, seu antigo patrão, deu-me as melhores referências. Contou-me que ele era um senhor cheio de histórias, havia se alistado como voluntário para o exército americano durante a guerra da Coréia; que havia trabalhado na África, como vendedor de armas; e que acabou como domador de um circo, que veio fazer umas apresentações no Brasil, onde ele ficou; que foi empregado dele durante muitos anos e só o dispensou porque vendeu o sítio e, na época, ele decidiu mudar-se para Minas, onde talvez tivesse algum parente vivo.
Como consequência de tão desagradável episódio, desisti da tentativa de adaptar-me à vida simples no campo, vendi a casinha, e comprei um apartamento no Rio para ficar o mais longe possível de tatuzinhos, aranhas, minhocas e tentativas de assassinato.
Belo Horizonte, outubro de 2012.

FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
No importa tan lento vayas, lo importante es nunca detenerse.

sábado, 6 de outubro de 2012

MEMÓRIAS DE SANTA LUZIA
Sem dúvida, o Zuza foi um dos maiores frequentadores da Fazenda Boa Esperança, em Santa Luzia. Desde que começou o namoro com a Sônia, e na companhia do Dr. Célio, passou a desfrutar daquela saudável vida no campo, pelo menos uma vez por semana, aos sábados e domingos. Pouco tempo depois, construiu uma casa à beira do Rio das Velhas e lá montou um sítio da melhor qualidade: piscina, quadra de peteca/vôlei/futebol de salão, mesa de sinuca e pingue-pongue, churrasqueira, enfim, tudo que se quer para um fim-de-semana completo. E assim, foi convivendo com as mudanças crescentes e inevitáveis de uma fazenda tão grande, com tantos proprietários e com tantos episódios vivenciados e registrados na memória, como esse que ele me relatou recentemente.
Num daqueles sábados de lazer, Zuza pegou a Yamaha 125 CC resolveu dar uma volta para visitar os vizinhos: o Luiz Pinto Coelho e a tia Elza no laranjal que haviam plantado; o Celso Renato e os irmãos, no Catitu, onde cuidavam de alguns bois e vacas; o Francisquinho e o Dr. Célio, com a criação de cavalos Mangalarga, no Zé Dias; e o tio Dirceu, na terra dele entre a Carreira Comprida e aquele frondoso pé de Jatobá, onde encontrou tia Almerinda preparando um arroz doce no fogão de lenha, mexendo sem parar e colocando mais água fora do que dentro da panelona.
Hei, tia, tudo bem? Cadê o tio Dirceu? Ela respondeu: Ele saiu sozinho, Zuza, e foi andar por aí, nem sei aonde. - Tá legal, tia, depois eu volto pra experimentar do seu arroz doce. Nem desligou a moto e continuou seu passeio.
Viu uns meninos pescando num riacho perto da cerca do  Catitu e, naquele sobe e desce morro, viu o carro do tio Dirceu estacionado à beira do rio. Lá de longe, ouviu o barulho de um motorzinho roncando: tototó, tototó, tototó... Desceu da moto e caminhou na direção do som e viu uma careca brilhando no sol quente de janeiro. Era o tio Dirceu, com uma bateia, catando ouro no jorro d`água, que saía do cano ligado no motor e enfiado no rio. Ele ficou observando até descer para saber o quê o tio Dirceu fazia ali, a quem cumprimentou e perguntou:
- O que é que o senhor tá catando aí, tio?
- Tô catando nada. Aquela draga que passou por aqui já tirou todo o ouro do rio.
- Mas, nada mesmo, tio?
Ele respondeu, desolado:
- Nada, Zuza, só uma poeirinha de ouro que vou levar pra Almerinda. Aqui, agora, só tem areia e cascalho. Mas, da próxima vez, vou trazer um caminhão e, aí, levo tudo!
Zuza montou na moto e continuou seu passeio solitário pela fazenda.
Belo Horizonte, setembro/2012.

FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
Foi perguntado a um bispo de Sevilha o porquê de sua boa saúde em idade tão avançada. A resposta: - “ Desfruto de boa saúde nessa idade pois todo dia, desde que consigo me lembrar, consumi uma garrafa de vinho. Exceto nos dias em que não me sentia muito bem. Nesses, consumia duas ...”

HEBE CAMARGO NOS ANOS 1950

Quando morávamos em São Paulo, de 1949 até 1959, papai era professor da Faculdade de Higiene e Saúde Pública, que ficava a meia quadra lá de casa, como dizem os paulistas. E como o nosso prédio não tinha garagem, o poderoso Mercury verde escuro 1950 ou dormia na rua Arruda Alvim, na porta do prédio, ou na garagem da Faculdade.
Geralmente ficava lá mesmo, junto com outros carros de professores que também moravam por perto. No entanto, num belo dia, a garagem foi requisitada pois seria ali realizada uma festa de fim de ano, e, naquele lugar, seria montado um palco para algumas apresentações de palhaços e cantores.
A Lúcia e eu nos entusiasmamos porque haveria música ao vivo e nós adorávamos ouvir música. Lembro-me de que ouvíamos à noite uma rádio americana WABC – AM &FM of New York, de onde tirávamos as letras das músicas que gostávamos de cantar: Blue Moon, You send me, You belong to me, Nevertheless, All shook up, Bim-bom-bey, Kisses sweeter than wine e tantas outras. Ela as organizava em ordem alfabética num caderninho, e eu marcava os acordes de violão em cima de cada mudança harmônica.
Nos divertíamos muito com isto. O programa era levado da meia-noite às duas da madrugada.
E no dia da festa da faculdade, lá fomos nós para nos assentarmos na primeira fila.
Quando foi anunciada a nova cantora que faria um dos números era, nada mais, nada  menos do que a menina de 20 anos Hebe Camargo. Com um vestidinho branco rodado com a saia pregueada, ela apresentou-se, muito graciosa cantando alguns de seus sucessos: Que beijinho doce e Meu limão, meu limoeiro. Eram músicas de roda, de brincadeiras de crianças pois, na época, aqui no sudeste, não havia compositores. Já no nordeste vinham despontando algumas músicas de Dorival Caymmi e Luis Gonzaga. E era só!
Esta lembrança é uma pequena homenagem à grande dama da televisão brasileira de todos os tempos.
BH, setembro, 2012.