domingo, 29 de junho de 2014

New York to Miami
Troquei o poderoso ônibus da Greyhound por um avião de carreira, pois estava doido para me encontrar com a turma de Highland Park, em Miami.
Havíamos nos despedido em Chicago e minha jornada ia continuar, ainda por dois meses, pelo norte dos Estados Unidos e pelo Canadá, tudo sob um frio de mais de 20 graus abaixo de zero. Aquele inverno foi além da conta, com temperaturas baixíssimas e muita neve e chuva que nos acompanhavam há mais de um mês. O que me salvava, sempre, era o Jack Daniels e o violão, que só conseguia tocar depois de meia garrafa do delicioso whisky americano.
Essas viagens patrocinadas exigem uma dedicação total dos bolsistas,  que têm que cumprir uma extensa agenda de visitas e encontros, nem sempre do interesse de um jovem estudante de 25 anos. Afinal, era minha primeira viagem para o exterior e estava disposto a qualquer coisa para conhecer os Estados Unidos ao máximo e ainda levar de pinga o Canadá e o México.
Na verdade, era tudo de bom, sem queixas.
De New York para Miami foram poucas horas de voo, num velho DC-4 da Pan-American.
Quando desci em Miami, lá estava a turma com sua representante oficial  à minha espera no aeroporto, para um daqueles encontros cinematográficos. Todos correndo pela pista para vir me encontrar ao pé da escada do avião. Maravilha!
Miami, já mais quentinha, em torno de 20 ºC acima, onde seria possível um mergulho no mar. Mas, o que deu mesmo, foi um mergulho na piscina do hotel, como na foto onde o esquálido cronista já exibia um sorriso tropical.
Belo Horizonte, junho/2014.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
O que é o céu senão um suborno e o que é o inferno senão uma ameaça?
Jorge Luis Borges


 

domingo, 22 de junho de 2014

MANHATTAN
Fazia uma visita ao meu amigo Peter, em Nassau, nas Bahamas, quando resolvi passar uns dias em New York para arejar a cabeça. Ou complicar, sei lá. Cheguei lá no rigoroso inverno de 1968 e quando atravessava a rua dei de cara com um velho amigo de Ribeirão Preto, flanando à procura de um bar para um drink. Sugeri irmos ao Waldorf Astoria, ali perto, cujo bar é excepcional e onde a gente encontra de tudo, desde hóspedes famosos até atores e diretores de cinema, artistas e boêmios, em geral.
Dito e feito. Lá, vimos entrar o não menos famoso Woody Allen, acompanhado de uma menina linda, bem novinha, aparentando uns dezoito anos. Ele logo nos fez a apresentação, apontando Miss Hemingway. É comum nos bares do mundo, principalmente nos Estados Unidos, todo mundo conversar com todo mundo. Não tem este negócio de ficar sentado numa mesa de fundo, num canto qualquer e ficar escondido curtindo uma fossa. Neles, todo mundo acaba amigo e os boêmios se abrem como se fossem conhecidos da vida toda.
Logo, estávamos batendo papo com o extravagante diretor que contava, animadamente, estar iniciando as filmagens de Manhattan, alusivo, naturalmente, à Big Apple, em que ele interpretava uma figura corriqueira da cidade, um escritor sem tema, divorciado, que namora aquela menina, a Mariel Hemingway, mas apaixonado mesmo por uma mulher mais madura, a personagem de Diane Keaton. Naquele momento, ele pediu ao bartender, conhecido dele, que colocasse uma fita com músicas do George Gershwin, que era a trilha sonora do filme, e começamos a derrubar litros do adorável Jack Daniels, no estilo cowboy.
Esta historinha me veio à cabeça porque fui convidado pelo Célio e pelo Zé Carlos para gravar com eles mais um CD e, desta vez, cantando Embraceable you, tema presente em todo o filme Manhattan, assim como as imortais Rapsody in blue e Someone to watch over me.
Estamos muito animados e em pleno ensaio: eu, cantando no chuveiro, e eles discutindo a harmonização e os solos. Estou até pensando em incluí-lo  - bem como o primeiro CD, Em Família -, no rol de músicas deste blog.
Belo Horizonte, junho/2014.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
O segredo da felicidade está na liberdade, e o segredo da liberdade está na coragem. Péricles 


 
Foto Google.

domingo, 15 de junho de 2014

CRISE DO PETRÓLEO
Calçamos as botas - o Jarjur, o Barbier e eu -, nos encapotamos com paletós de pura lã sobre camiseta, camisa e sweater, e saímos do Hotel Lundia para uma visita à Tetrapack, super fabricante sueca de embalagens.
À porta do hotel , com 25 graus abaixo de zero, nos esperava o presidente da empresa, num Volvo sedan de quatro portas e já com duas pessoas a bordo. Acomodamo-nos no banco de trás e rumamos para Malmo, ouvindo dele as explicações sobre o automóvel com lotação completa. Naquele ano, o mundo entrara na maior crise petroleira da história, com risco de desabastecimento nos países importadores, inclusive a Suécia, que era um deles. Assim, como medida econômica, haviam decidido promover uma carona solidária e todos os carros que serviam à Tetrapack, inclusive os da diretoria, estavam andando com lotação completa.
Apertados devido ao volume de nossas roupas, comentamos, em português, sobre o grau de civilidade e responsabilidade coletiva daquela gente. Que exemplo!
Na Holanda, nossa próxima parada, aconteceu fato igual com um dos diretores da fábrica de filtros e, assim, sucessivamente, na Alemanha, na França e na Suíça.
Quando voltamos, os três acostumados com a convivência civilizada, fomos surpreendidos,  já no Galeão, onde minha mala havia sido aberta e dela  levaram umas camisas, um revólver que havia comprado para o papai e o meu paletó de napa, couro francês,  chiquérrimo. Do Jarjur, desapareceram os dois cachorros, um São Bernardo e um Mastim, que ele havia comprado, também em Paris. Não desembarcaram. E o Barbier, para não deixar de ser citado, notou que a bagagem dele também havia sido violada sem, contudo, carregarem alguma coisa. Só reviraram tudo, com certeza atrás de alguns dólares.
Na Ponte Aérea para Belo Horizonte, discutimos sobre quais medidas legais deveríamos adotar  para nos ressarcir dos prejuízos. Eita Brasil!
Belo Horizonte, maio/2014
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS

O poder não transforma as pessoas, ele somente revela o que elas realmente são. José Mujica – Presidente do Uruguai

sábado, 7 de junho de 2014


REVEILLON EM CABO FRIO
Num certo final de ano, resolvemos passar uns dias na casa de um amigo, no Canal, em Cabo Frio. Convidamos nossas mulheres e partimos numa novíssima Chevrolet C14, que o Marcinho havia tomado emprestada na Motorauto. Ao longo do caminho, revezamos a choferagem e lá chegamos descansados e felizes para uma ótima temporada de verão na ensolarada cidade.
De cara, o Titão convidou-nos a ir ao Iacht Clube para desancorar a lancha do nosso anfitrião, uma possante puxadora de dois esquis aquáticos, e levá-la para um pequeno pier no quintal da casa. Assim foi feito.
Nas manhãs, embarcávamos e ancorávamos numa praia próxima - do Peró, das Conchas ou mesmo na do Forte, onde ficávamos enrolando na areia ou passeando de lancha pela baía. Os mais treinados, Marcinho e Titão, arriscavam um passeio no esqui aquático e eu, mais cauteloso, ficava só na pilotagem da super lancha.
Havíamos combinado que cada um levaria uma bebida e o Marcinho ficou encarregado de levar os champanhes que ele havia estocado na adega da mansão na Pampulha e que ofereceria com muito prazer para a nossa ceia.
Reservamos no melhor restaurante da cidade e encomendamos os pratos: casquinhas de siri como entrada, uma suculenta peixada de robalo com arroz branco e, na sobremesa cassatas italianas de nozes. Uma delícia!
Pois bem, começamos a animada noite com umas cervejas para limpar a garganta  e, quando serviram  a ceia, o Marcinho falou: Agora é comigo, gente! Chamou o maitre e pediu que trouxesse os champanhes em baldes de prata: Por favor, com muito gelo, pois vamos fazer um brinde.
Nas mesas ao lado, a galera animada estourava seus espumantes e o maitre, circunspecto, colocou dois baldes na nossa mesa, com duas garrafas de Veuve Clicquot em cada balde. Marcinho, alegre, dispensou o maitre e habilitou-se a abrir o precioso néctar. Com toda a pompa e circunstância tirou o arame da rolha e começou a pressioná-la para estourar. E nós na maior expectativa, as meninas tampando os ouvidos e ....zás, a rolha cai chocha sobre a mesa.  Não é possível! - disse ele - Vou pegar outra. E assim, sucessivamente, com as outras três garrafas, que também não estouraram. E completou: Vocês me desculpem, mas guardei tão bem e durante tanto tempo que os champanhes devem ter vencido. Sinto muito.
Lógico que não nos importamos, pois tudo era farra. Depois de bem chacoalhado, estouramos um Moscatel nacional mesmo só pra fazer barulho.
Et vive le champagne!
Esta crônica é uma homenagem ao meu amigo Marcinho, hoje residente em Miami, com  sua empresa de paisagismo, a Giardino. God bless!
Belo Horizonte, maio/2014.
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS

A partir de 1958 o Brasil passou a ser chamado de "o país de chuteiras". E nesta Copa, com certeza, será chamado de "as chuteiras sem país." Arnaldo Jabor em sua crônica na Rádio CBN.
 fogos artificio festas

segunda-feira, 2 de junho de 2014

PERU – Un País de los Andes
Con una superfície de 1.285.521 km2 Peru es un pais de religión de predomínio católico donde se permite constitucionalmente la adocción de cualquiera otra religión como la Pacha Mama, Madre Tierra, que es una crenza popular que tiene como símbolo
una fuente de energia con poder de cura. Los peruanos se consideran aún, Hijos del Sol, como en la mitologia de los Incas, de quién son descendientes. Para ellos el Diós Sol ha enviado su hijo Manco Capác, como un rei para enseñar la civilización para las personas.
Es un pais en los Andes que tiene tres grandes sectores: la costa, los Andes o la Sierra y la selva amazonica, vertiendo sus águas para el oceano Atlantico y lo Titicaca que es un lago en la frontera boliviana.
Su clima es muy variado por su localización en la Cordillera de los Andes.
En la costa casi no hay lluvia, y en la sierra tiene dos distintas estaciónes de seca (mayo/octubre) y outra lluviosa de deciembre a marzo.
Su colonización comienza en 1533 con el español Francisco Pizarro, que entró en la ciudad de Cuzco, capital del Imperio Inca y esclavizó los índios en el trabajo de las ricas minas de plata y oro fortuna que llevó la metropole a un grado de comando de la civilización, concentrando en Lima su capital y principal cientro administrativo y comercial.
Sus comidas típicas son el Cebiche, Ají de Gallina, Cordero, Chupe de Pollo y Arroz Tapado y la artisania principal son los trabajos bordados coloridos en lana de Llama y Alpaca, animales típicos de la región andina y los instrumentos musicales de sopro en Caña de la Índia. 
Son muchas las fiestas típicas con celebración de todos los santos patronos, parte del calendario cristiano del período colonial pero siempre mezclado con la religión mágica de las regiones andinas. Este sincretismo cultural tiene como ejemplo las festividades de Corpus Cristi en Cuzco, que es un ritual andino. En las aldeas tradicionales en el alto de las montañas o en la selva hay muchas celebraciones relacionadas con mitos antiguos y datas de la agricultura como el Carnaval, lo Festival de Vendimia y las Cruces de Porcón. 
(Texto encomendado pela minha neta Iara como descrição de um país sul-americano, na aula de espanhol do Colégio Máximus)

FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS

Quem não lê, mal ouve, mal fala, mal vê. Monteiro Lobato

                                           Machu-Pichu