domingo, 21 de junho de 2015

UMA VIAGEM INUSITADA
Alanderson entusiasmou-se e convidou a esposa Euzérbia para viajarem ao Rio de Janeiro no fim de semana. Fizeram contas, conferiram o saldo bancário e, animados, resolveram convidar o amigo Claudiomir e a esposa Anaximandra para acompanhá-los.
Também entusiamado, o casal perguntou se poderia levar a filha Estelza, o filho Edwander, e dois amiguinhos dele, o Hildeviro e a Jacquelaine. Concordaram e confirmaram a reserva de hotel que Alanderson já havia feito com Lindovaldo, um velho gerente, seu amigo.
Ele já havia passado uma temporada naquele hotel com a mulher e outro casal de amigos, o Corbiniano e a Gecineide, quando lá se encontraram coincidentemente com outros colegas de faculdade e suas respectivas famílias: Uetslander e Neucida, Warmillon e  Urquiza, também com o filho Teofânio, a mulher Sheislane junto com os netos Jullyadson e Irandhir e a filha Thabata, todos animadíssimos para aquele divertido passeio.
Viagem acertada, providências tomadas, chegou o dia. Pegaram um táxi com um falante motorista de sotaque nordestino e de nome Gessiwilliam e rumaram para o aeroporto bem cedo para pegar o primeiro voo, cujo comandante Overlândio, amigo de Alanderson, havia recomendado, pois voaria com a tripulação formada pelo co-piloto Gilvandro  e as aeromoças Krislainia e Maryângeli, ajudadas pelo comissário de bordo Sanderley. Gente muito fina, disse ele.
Durante o voo transcorreu tudo bem, porém, Alanderson e Euzérbia tiveram que se assentar em poltronas separadas pois as poltronas haviam sido marcadas em duplicidade.
Conversa vai, conversa vem, ele soube que seus vizinhos de poltrona eram Robérison e Nelinilse, que estavam voltando para o Rio depois de uns dias em BH. O filho deles Wanderlan estava na poltrona de trás, com a babá Nilcedes.  Já os vizinhos dela eram o simpático casal Marinaldo e Elizonar, com a filha Cleomilda, bebê de colo.
Voo com céu de brigadeiro. O desembarque foi alegre, apenas com uma pequena surpresa: uma das malas não havia chegado, porém o prestativo Steférsion, da companhia aérea, resolveu o problema em segundos.
O motorista da van, Joelcyrley, acomodou logo toda a bagagem, todos os amigos e mais dois novos passageiros, o casal Gizlayde e Francileudo, que seguiram com eles pelo aterro até Copacabana.
Com um sol de rachar, chegaram ao hotel cujo prestativo porteiro, Adirley, os recebeu de braços abertos. Não quiseram perder tempo e correram à lojinha do hotel para completarem o guarda-roupa com biquínis e sungas. Foram atendidos pela vendedora Claudisséia.
Em minutos, de mãos dadas, a turma atravessou a Av. Atlântica, 
sob o olhar atento do inspetor de trânsito Whailson, para se abrigar na barraca oferecida pelo hotel.
Assim, prenunciava-se uma bela temporada.
Belo Horizonte, junho/2015.
rhbrandao@gmail.com
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
Si nada nos salva de la muerte, que el amor nos salve de la vida. Pablo Neruda



terça-feira, 16 de junho de 2015

ADEUS, POETA


Sobre a unanimidade Fernando Brant, não me resta falar mais nada. Toda a imprensa escrita, falada e televisada já o fez.
Assim, registro apenas a honra de tê-lo conhecido e o imenso prazer de ter convivido com ele, em certa época de nossas vidas


quinta-feira, 4 de junho de 2015

FISIONOMIAS PADRÃO?
Há muito venho matutando sobre a semelhança das pessoas. Às vezes, você é apresentado a alguém e tem a sensação de que já conheceu aquela pessoa, seja pelo formato do rosto, seja pelo penteado ou pelo nariz, ou mesmo pela distância entre os olhos, sei lá, alguma coisa que é comum a milhares de pessoas mundo afora.
Ontem, numa reportagem jornalística pela tevê, enxerguei numa senhora que estava sendo entrevistada uma porção de pessoas que tenho conhecido ao longo da minha vida. Ela tinha as mesmas feições de uma tia de meia idade, da mãe do meu cunhado, da vizinha do quinto andar, da feirante de domingo, da atendente do sacolão, da motorista  de um táxi que havia tomado, enfim, ela tinha uma “cara padrão”.
E, com esta ideia na cabeça, comecei a filosofar.
Por exemplo, será que quando a gente se interessa por alguém, a gente consegue descobrir nela alguma diferença sobre as outras? Será que a gente busca um tipo especial? Por que eleger aquela e não outra para ser sua companheira? Qual seria o momento exato daquela escolha e por quê?
É uma sensação esquisita, pois, voltando àquela entrevista, fiquei com a impressão de que as pessoas talvez não se preocupem com isto, quem sabe a maioria topa qualquer parada e vive a vida toda com uma “cara padrão”.
Não é questão de ser bonita ou feia, e só de não ser uma “cara padrão”. Já pensou em acordar, olhar para a sua parceira e ter a sensação de que dormiu com sua tia ou com a caixa do supermercado da esquina?
Preste atenção.
Belo Horizonte, maio/2015
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS

“Eu acredito no Deus de Espinoza, que se revela na harmonia de tudo o que existe, e não num Deus preocupado com o destino e as ações da humanidade.” Albert Einstein