
DIVONE, le jeux son faites
Aterrissamos no
aeroporto de Genebra numa noite escura de janeiro de 1980. O nevoeiro cobria
totalmente o salão de desembarque e ainda não havia fingers, aqueles túneis que ligam os aviões aos salões para
recolhimento de bagagens. Pegamos nossas malas, o Jarjour, o Barbier e eu e
embarcamos num ônibus/limousine, que nos transportou até o Hotel Meliá, bem no
centro da cidade.
Ajeitamos-nos e
descemos para um uisquinho reconfortante
no restaurante do hotel. Experimentamos um goulash
húngaro forrado de batatas, pelando, com
arroz branco e um vinho Bordeaux da fronteira próxima.
Vou levá-los a Divone - falou o Jarjour -, cidade francesa bem na fronteira, onde o cassino funciona a noite toda.
Vocês gostam de um joguinho? Poker, Bacarat, Chemin de fer e roletas à vontade?
Vamos lá.
Alugamos um carro
e partimos pela bela estrada, com uma temperatura abaixo de zero e alguma neve.
Eu só conhecia
cassinos de Montevidéu e Buenos Aires e alguns clandestinos em São Paulo, mas
nunca havia visto nada tão suntuoso, como aqueles de filmes
hollywoodianos.
Nos caixas,
espalhados por todo o salão, compramos algumas fichas e nos aventuramos na
jogatina.
Ficamos nas
roletas, pois nas mesas o risco seria enorme. Elas são conduzidas por
profissionais do baralho que se dispõem a lhe proporcionar todas as emoções
possíveis num carteado eletrizante. Os croupiers,
elegantérrimos, de smoking ou summer jacket, convidam os milionários presentes para arriscarem suas
fortunas num carteado profissional. Eles dominam o manuseio dos baralhos com uma
agilidade e velocidade impressionantes.
Os jogos de
baralhos são trocados, sistematicamente, não sei a qual intervalo, pois estão
sempre disponibilizados pelas centenas de atendentes do cassino, que ficam
passeando pelos salões.
Já bem tarde voltamos
para Genebra com os bolsos vazios, mas felizes com a aventura nas roletas.
Foto: Google
FRASES, PENSAMENTOS E AFORISMOS
A felicidade está
nas pequenas coisas: uma pequena mansão, um
pequeno iate e uma pequena fortuna...Anônimo