terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CONVERSANDO COM A JOANINHA

Hoje, com certeza, para mim, é um dia mais feliz que os outros.
Já havia tomado umas dez latinhas do meu blend, three parts of Antarctica Sub Zero e one part of Xingu, the best dark beer of all e você apareceu: uma joaninha vermelha no meu ombro. E caminhou pela minha camisa como se estivesse passeando no seu canteiro.
Tenho certeza de que é você, tão longe e tão perto!
Na camisa clara, você caminha como se estivesse procurando alguma coisa. O quê será?
Vi você, agora, passeando nas minhas costas. Será que lá é mais quentinho e atrai você?
Agora, você entrou no bolso da camisa. Bolso raso e sem alternativa, você sai de novo, livre, e caminha para as minhas costas. Perco você de vista e vou ao banheiro. Me espere ou vá comigo, joaninha vermelha, quero você aqui comigo, sempre!
No espelho do banheiro procuro você nas minhas costas, não a encontro. Será que você desceu para a calça?
Volto para a mesa, e procuro no bolso e nada. Você sumiu! Será que cansou da música Storms in África da Ennya, que já repeti pela décima vez?
Agora, sinto uma coceirinha no meu cabelo, do lado direito. Acho que você está singrando pelas madeixas black&white só para fazer uma cosquinha e chamar atenção.
Não vou conferir porque posso espanta-la. Fique aqui comigo, onde você quiser!
Nossa fabulosa Ennya terminou e procuro uma nova música. Tento um LP do Duane Eddy, que ronca e não toca e então, busco um CD mesmo e encontro o Dom Williams que ouvi em Nashville, no Tenessee, cantando I’ m Just a country boy. Música ótima e de boas lembranças do Grand Olé Opry, a maior festa para a música americana que acontece todo ano, quando todos os artistas que estão em cartaz, naquele momento, se apresentam sem ordem de chegada, num ginásio com capacidade para 10.000 pessoas, em Nashville, Tenessee, USA. É o máximo!
Lá, tive a oportunidade de ouvir, também, o famosérrimo Bob Dylan, com o Where have all the flowers gone e o fantástico Willie Nelson, cantando Stardust, a música símbolo de uma época de ouro nas Américas.  
Coisas da vida, minha joaninha, como diria o Paulinho da Viola.
Decidi não te buscar mais, se você quiser, apareça. É você que está rondando, não eu.
Mas, já sinto sua falta. Suas asinhas vermelhas, suas patinhas azuis e seus olhinhos negros já são parte da minha vida.
Please, don’t run away.
Roberto H. Brandão – setembro/2010

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